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Parto Prematuro Após Fertilização in Vitro: Por Que Acompanhar Com Um Especialista é Essencial?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

O Parto Prematuro Após Fertilização é um fenômeno frequente, mas sua causa é complexa. O ideal é acompanhar com um profissional que seja especialista em ambos os assuntos.

A jornada da Fertilização in Vitro (FIV) é, sem dúvida, repleta de esperança e expectativas. No entanto, após a celebração do resultado positivo, é natural que surja uma nova preocupação: garantir uma gestação saudável e segura até o fim. Como obstetra e professor da UNIFESP com vasta experiência em medicina fetal, uma das dúvidas mais frequentes que acolho em meu consultório é justamente sobre o risco de Parto Prematuro Após Fertilização.

Com o objetivo de oferecer clareza e segurança, preparei este conteúdo com as evidências científicas mais recentes. Dessa forma, você terá um plano de ação para que sua única preocupação seja aproveitar cada momento dessa fase tão especial.

O que é a Fertilização in Vitro (FIV)?

A FIV é uma Tecnologia de Reprodução Assistida na qual a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre em laboratório. Suas técnicas mais avançadas incluem, por exemplo:

  • ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides): Um refinamento da FIV que injeta um único espermatozoide diretamente no óvulo, sendo ideal para casos de infertilidade masculina grave.
  • Criopreservação de Embriões: Permite o congelamento de embriões de alta qualidade para transferências futuras e, consequentemente, otimiza as chances de sucesso do tratamento.

A escolha da tecnologia ideal depende, primordialmente, de uma análise detalhada de fatores como idade materna, reserva ovariana, condições das tubas uterinas e do endométrio, além dos antecedentes clínicos da mulher. Com um acompanhamento especializado, como o que ofereço em meu consultório em São Paulo, os casais recebem orientação e suporte personalizado para uma jornada segura e acolhedora.

Dr. Alan Hatanaka

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Parto Prematuro: O que Você Precisa Saber

Define-se como parto prematuro aquele que ocorre antes de 37 semanas completas de gestação. Ele representa, acima de tudo, um desafio global, afetando 10,6% das gestações no mundo e 10,2% no Brasil, segundo dados recentes [1]. A prematuridade segue como a principal causa de óbito neonatal e de sequelas neurológicas, o que, compreensivelmente, gera grande angústia nos pais, especialmente naqueles que já passaram por um processo de reprodução assistida.

As causas da prematuridade são multifatoriais e, por isso, cada uma deve ser investigada detalhadamente. Fatores clínicos, infecciosos, uterinos, nutricionais e até mesmo comportamentais, como o estresse, exigem atenção.

Os fatores infecciosos, em particular, têm destaque. Em minha tese de doutorado, que influenciou a conduta mundial, estabeleci o tratamento com antibióticos na presença de um sinal ultrassonográfico chamado “sludge” associado ao colo uterino curto, o que resultou em uma redução de 80% no risco de nascimento prematuro nesse grupo.

A ultrassonografia transvaginal para avaliação do colo é uma ferramenta valiosa que permite detectar a gestante de alto risco. Idealmente, realizo este exame já na consulta, para que a conduta mais adequada seja tomada imediatamente.

A FIV Aumenta o Risco de Parto Prematuro?

Sim, as evidências atuais confirmam que gestações originadas por FIV apresentam um risco aumentado para o parto prematuro. Uma análise robusta de dados mostra que esse risco é aproximadamente 26% maior em comparação com a concepção espontânea [2].

Mas, por que isso acontece? Os motivos são diversos e interligados.

Principais Fatores de Risco Associados:

  • Gestações Múltiplas: A transferência de mais de um embrião ainda é a principal causa.
  • Idade Materna Avançada: Mulheres com mais de 35 anos naturalmente possuem um risco aumentado [3].
  • Condições Médicas Prévias: Fatores que levaram à infertilidade, como endometriose, adenomiose ou anomalias uterinas, são, por si sós, fatores de risco para a prematuridade [4].
  • O Procedimento da FIV: A estimulação ovariana pode, por exemplo, influenciar o desenvolvimento inicial da placenta [5].

Felizmente, a ciência avança rapidamente. Hoje, sabemos que a transferência de embriões congelados (criopreservados) reduz o risco de parto prematuro em 21% quando comparada à transferência a fresco [6].

Dr. Alan Hatanaka

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Estratégias Atuais para um Pré-Natal Seguro Pós-FIV

Com base nas evidências mais sólidas, a palavra-chave para uma gestação pós-FIV segura é individualização. Visto que as causas do parto prematuro são múltiplas, o plano de cuidados deve ser único para cada paciente. Uma mulher com um grande leiomioma, por exemplo, exigirá uma vigilância muito diferente daquela com histórico de parto prematuro.

A seguir, detalho as principais estratégias que compõem este cuidado personalizado:

  • Transferência de Embrião Único Eletiva: Sem dúvida, esta é a estratégia isolada de maior impacto. Ao evitar a gestação múltipla, reduzimos drasticamente a principal causa de prematuridade, uma prática recomendada pelas maiores entidades mundiais, como ACOG e RCOG [7, 8].
  • Medicina Personalizada com Nomogramas Preditivos: A Fetal Medicine Foundation de Londres disponibiliza uma ferramenta aos Médicos Fetais credenciados que calcula o risco individual de parto prematuro. Esse cálculo, baseado na história, exame físico e ultrassonografia, permite uma conduta mais assertiva.
  • Rastreamento Universal do Colo Uterino: A ultrassonografia transvaginal deve ser feita entre 18 e 24 semanas. Em casos selecionados, no entanto, antecipamos o rastreamento para 14 a 16 semanas. Este método, que é simples e indolor, comprovadamente reduz o risco ao identificar quem se beneficia de progesterona, pessário ou cerclagem [9].
  • Uso Criterioso da Progesterona Vaginal: Embora a progesterona faça parte da rotina pós-FIV, a decisão de continuar seu uso após 12 semanas deve ser criteriosa. Portanto, pesamos os riscos e as indicações precisas, considerando os possíveis efeitos colaterais [10, 11].

Por que me escolher para sua gestação pós-FIV?

A escolha do Obstetra que cuidará do dia mais importante da vida de uma família é uma decisão fundamental. O pré-natal pós-FIV não tem margem para erros e deve aliar as condutas mais atualizadas à sensibilidade do médico. Essa união garante o protagonismo da mulher e torna a jornada da maternidade mais leve e segura.

Alguns detalhes do atendimento fazem toda a diferença:

  • Diagnóstico Ágil e Preciso: Eu realizo pessoalmente seu ultrassom durante a consulta, utilizando um aparelho de última geração. Isso significa que você não precisa de agendamentos separados e tem suas respostas imediatamente, com a precisão de um especialista em gestação de alto risco.
  • Conduta Individualizada com Empatia: Cada gestante pós-FIV tem uma história única. Entendo que lembranças e angústias acompanham os pais que necessitaram da fertilização assistida. Assim, investigo cada detalhe com sensibilidade, pois ali pode estar a chave para a prevenção.
  • Foco na Autonomia e no Conhecimento: O pré-natal humanizado se baseia no respeito à autonomia. Para que vocês possam tomar as melhores decisões, compartilho os mesmos materiais que utilizo em minhas aulas na UNIFESP e em congressos.
  • Segurança de uma Referência Acadêmica: Minha experiência de mais de 20 anos chefiando o ambulatório de prevenção da prematuridade na UNIFESP está ao seu dispor, aplicada de forma individualizada em um ambiente confortável, planejado e acolhedor.

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Sua Jornada para uma Gestação Segura e Tranquila

Em suma, a FIV oferece esperança, mas requer cuidados especializados para minimizar riscos como o parto prematuro. Com estratégias baseadas em evidências, como a transferência de embrião único, o rastreamento cervical e a medicina personalizada, é totalmente possível ter uma gestação saudável. Como especialista em medicina fetal, defendo sempre um pré-natal que una ciência, humanização e acolhimento.

Agende sua consulta e inicie sua jornada com a confiança de ter o melhor cuidado em São Paulo.

Sobre o Autor

Prof. Dr. Alan Hatanaka Obstetra e Professor da UNIFESP-EPM, especialista em gestações de alto risco e Medicina Fetal. Com mais de 20 anos de experiência, atua no Hospital Albert Einstein, Maternidade Star e Pro Matre Paulista. Saiba mais.

Referências Bibliográficas

  1. Chawanpaiboon S, Vogel JP, Moller AB, Lumbiganon P, Petzold M, Hogan D, et al. Global, regional, and national estimates of levels of preterm birth in 2014: a systematic review and modelling analysis. Lancet Glob Health. 2019;7(1):e37-e46. doi: 10.1016/S2214-109X(18)30451-0.
  2. Liao Z, Li Y, Zhang D, Wang L, Li H, Chen X. Nomogram for predicting the risk of preterm delivery after IVF/ICSI treatment: an analysis of 11513 singleton births. Front Endocrinol (Lausanne). 2023;14:1065291. doi: 10.3389/fendo.2023.1065291.
  3. Conde-Agudelo A, Rosas-Bermúdez A, Kafury-Goeta AC. Birth spacing and risk of adverse perinatal outcomes: a meta-analysis. JAMA. 2006;295(15):1809-23. doi: 10.1001/jama.295.15.1809.
  4. Vannuccini S, Clifton VL, Fraser IS, Taylor HS, Critchley H, Giudice LC, et al. Infertility and reproductive disorders: a public health priority for global research funding. Hum Reprod Update. 2024;30(3):305-311. doi: 10.1093/humupd/dmad048.
  5. Sonigo C, Beauseiche A, Grynberg M, Sifer C. Do IVF culture conditions have an impact on neonatal outcomes? A systematic review and meta-analysis. J Assist Reprod Genet. 2024;41(3):563-580. doi: 10.1007/s10815-024-03020-0.
  6. Tocariu R, Danciu M, Varlas V, Zvanca M, Dascalu A, Paica C, et al. Fresh versus Frozen Embryo Transfer in In Vitro Fertilization/Intracytoplasmic Sperm Injection Cycles: A Systematic Review and Meta-Analysis of Neonatal Outcomes. Medicina (Kaunas). 2024;60(2):224. doi: 10.3390/medicina60020224.
  7. American College of Obstetricians and Gynecologists’ Committee on Practice Bulletins—Obstetrics. Practice Bulletin No. 169: Multifetal gestations: twin, triplet, and higher-order multifetal pregnancies. Obstet Gynecol. 2016;128(4):e131-46. doi: 10.1097/AOG.0000000000001709.
  8. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Multiple Pregnancy Following Assisted Reproduction. Scientific Impact Paper No. 22. London: RCOG; 2011.
  9. Hessami K, Einerson BD, Saccone G, Finneran M, Berghella V. Universal cervical length screening and risk of spontaneous preterm birth: a systematic review and meta-analysis. Am J Obstet Gynecol MFM. 2024;6(4):101305. doi: 10.1016/j.ajogmf.2024.101305.
  10. American College of Obstetricians and Gynecologists. Updated Clinical Guidance for the Use of Progestogen Supplementation for the Prevention of Recurrent Preterm Birth. ACOG Practice Advisory. Washington, DC: ACOG; 2023.
  11. Conde-Agudelo A, Romero R. Vaginal progesterone for the prevention of preterm birth: who can benefit and who cannot? Evidence-based recommendations for clinical use. J Perinat Med. 2023;51(1):125-134. doi: 10.1515/jpm-2022-0462.