Você conhece esse termo? Sabe por que este vem carregado de esperança para muitos pais e mães?
Significado de bebê arco-íris
Para muitas mulheres que perderam seus bebês — seja por terem sofrido um aborto durante a gestação, seja porque tiveram um filho morto prematuramente —, o sucesso de uma nova gravidez restaura a esperança e a alegria que pareciam distantes. Por isso, esses bebês são chamados de bebê arco-íris, pois esse fenômeno da natureza é uma promessa de sol após a chuva, de alegria depois da tristeza (1–3).
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Compreendendo a jornada do bebê arco-íris
O nascimento de um bebê arco-íris não faz desaparecer a dor e nem pode estar relacionado a um sentimento de substituição de uma criança por outra. Por isso, uma nova gestação após uma perda deve ser pensada depois que os pais se sentem emocional e fisicamente preparados.
Para muitos pais que passaram por uma perda gestacional, a jornada do bebê arco-íris é um caminho emocionalmente complexo. É preciso superar a dor e o luto, fase em que muitos sentimentos podem surgir.
Porém, à medida que estes são superados — o tempo que isso pode levar varia de pessoa para pessoa, não há regras —, surge o sentimento de esperança e planejamento. Uma nova gravidez pode ser pensada, ou, dependendo da causa da perda, há outras possibilidades a serem avaliadas para realizar o sonho de ter um filho, como um tratamento de reprodução humana ou a adoção.
Mas podem surgir, nessa fase, ansiedade e medo, o que é esperado. Há o receio de um novo aborto, principalmente nos estágios iniciais da nova gravidez.
Porém, conforme a gestação avança e finalmente chega o momento do nascimento, as esperanças são renovadas, e, assim como depois da tempestade o sol reúne forças para brilhar, chega o bebê arco-íris para relembrar ao casal que nenhuma esperança deve ser perdida. O nascimento do bebê arco-íris representa uma nova chance de criar uma família e pode ajudar a curar parte da dor da perda anterior (1–3).
O processo de cura e preparação
É normal e esperado que depois de uma perda os pais carreguem consigo traumas, medos e angústias que podem até mesmo interferir em uma nova gestação. A Organização Mundial de Saúde recomenda pelo menos 6 meses de espera antes de começar a tentar engravidar outra vez.
Mas não existe um tempo certo. Existem vários fatores que precisam ser considerados, como a saúde mental e física do casal, se o processo de cura foi finalizado, como os pais estão se sentido, entre outros. Por isso, esse tempo pode ser muito diferente de uma família para outra.
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É preciso passar pelo processo de luto antes de tentar novamente, para não projetar os sentimentos na próxima gestação. Uma gravidez de um bebê arco-íris pode trazer insegurança ao casal e envolver sentimentos de dor e culpa misturados com a sensação de alívio, excitação e euforia.
Esse turbilhão de sentimentos pode, muitas vezes, ser negativo tanto para os pais quanto para o bebê que vai chegar. Sendo assim, é importante que o casal conte com o apoio de especialistas para atravessar o momento do luto e se preparar para sair mais forte dessa experiência (1–3).
Cuidados pré-natais especiais para pais de bebês arco-íris
Após uma perda gestacional, é necessário que a mulher esteja preparada física e emocionalmente antes de tentar seu bebê arco-íris.
É fundamental que o casal seja submetido a diversos exames durante o período interpartal, para que se descubra a causa da perda gestacional e se evite a recorrência. Os diferentes tipos de perda têm diferentes causas, necessitando de um especialista em perdas gestacionais para diferenciá-las e tratá-las. Na maioria das vezes, as doenças devem ser tratadas antes de uma nova gestação para que tenha resultado, o que ressalta a importância da consulta pré-concepcional.
Para abortamentos de repetição, a pesquisa de trombofilia se faz fundamental. A principal destas se chama síndrome dos anticorpos antifosfolípides, ou SAAF. Essa síndrome pode causar tromboses na placenta, gerando perdas de repetição e, na ausência de tratamento, as mulheres têm apenas 10% de chance de ter um filho vivo (4,5).
O uso de heparina para tratamento das trombofilias deve ser realizado com responsabilidade e assertividade. É fundamental ressaltar que há riscos maternos e fetais com o uso inadequado dos anticoagulantes e antiagregantes plaquetários. Recentes publicações chamam a atenção para o uso irresponsável e sem respaldo de qualquer evidência científica, como, por exemplo, na presença isolada da mutação do gene da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) (6,7).
Podemos citar outras doenças a serem pesquisadas, causas comuns de perdas gestacionais:
- As malformações uterinas (útero septado, subseptado, bicorno e didelfos);
- Insuficiência istmo cervical;
- Infecções (principalmente as infecções sexualmente transmissíveis);
- Doenças autoimunes;
- Doenças clínicas;
- Causas genéticas.
No site do Prof. Alan Hatanaka, há uma matéria específica sobre abortamento de repetição, com informações confiáveis, atualizadas e que podem auxiliar muitas mulheres.
Como um especialista em gestação de alto risco pode ajudar?
O obstetra especialista em gestação de alto risco é o profissional responsável por coordenar a assistência interdisciplinar ao casal. O apoio psicológico, com profissionais capacitados e o apoio em grupo de entidades sérias, como o Instituto do Luto Parental (https://www.institutodolutoparental.org/), se fazem fundamentais no processo do luto e no preparo para o recebimento de um bebê arco-íris.
A realização de exames e pesquisa de doenças também podem necessitar do auxílio de profissionais especializados em cada assunto. O Prof. Alan Hatanaka conta com o auxílio de profissionais específicos para realização de cada tipo de exame ou terapia nos melhores laboratórios e clínicas de São Paulo.
O Prof. Alan Hatanaka atua no Setor de Abortamento de Repetição da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina desde 2005, iniciando de forma voluntária, depois realizando pesquisas e se tornando professor da mesma instituição.
A equipe do Prof. Alan Hatanaka está aguardando seu contato para iniciar a jornada de uma Gravidez Saudável e Segura
Referências Bibliográficas
- Bilardi JE, Temple-Smith M. We know all too well the significant psychological impact of miscarriage and recurrent miscarriage: So where is the support? Fertil Steril. 2023 Aug;
- Ministério da Saúde. Atenção Humanizada ao Abortamento – Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. 1st ed. Brasília; 2005.
- American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG Practice Bulletin No. 200 Summary: Early Pregnancy Loss. Obstetrics & Gynecology. 2018 Nov;132(5):1311–3.
- Evelyn Trainá, Rosiane Mattar, Antonio Braga, Jorge Rezende Filho. Abortamento. In: Jorge Rezende Filho, Antonio Braga, Joffre Amim Junior, Marcos Nakamura Pereira, Melania Amorim, Roseli Nomura, editors. Rezende – Obstetrícia. 14th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2022. p. 302–15.
- American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice Bulletin No. 132: Antiphospholipid syndrome. Obstetrics & Gynecology. 2012 Dec;120(6):1514–21.
- American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG Practice Bulletin No. 197: Inherited Thrombophilias in Pregnancy. Obstetrics & Gynecology. 2018 Jul;132(1):e18–34.
- Strandell A, Hellgren M. Time to stop routine prescription of low-molecular-weight heparin to women with recurrent pregnancy loss and inherited thrombophilia. The Lancet. 2023 Jul;402(10395):6–7.